Lolita Lebrón, ativista porto-riquenha-americana (n. 1919)

Lolita Lebrón (19 de novembro de 1919 - 1 de agosto de 2010) foi uma nacionalista porto-riquenha que foi condenada por tentativa de homicídio e outros crimes depois de realizar um ataque armado ao Capitólio dos Estados Unidos em 1954, que resultou no ferimento de cinco membros do o Congresso dos Estados Unidos. Ela foi libertada da prisão em 1979 depois de receber clemência do presidente Jimmy Carter. Lebrón nasceu e cresceu em Lares, Porto Rico, onde se juntou ao Partido Liberal Porto-riquenho. Na juventude conheceu Francisco Matos Paoli, poeta porto-riquenho, com quem se relacionava. Em 1941, Lebrón migrou para Nova York, onde se juntou ao Partido Nacionalista Porto-riquenho, ganhando influência na liderança do partido.

No início da década de 1950, o Partido Nacionalista iniciou uma série de ações revolucionárias, incluindo a Revolta Jayuya de 1950 contra a presença americana na ilha. Eles conduziram esses ataques para protestar contra as alegações falsas e enganosas do governo dos Estados Unidos e de Luis Muñoz Marín de que Porto Rico não seria mais dominado pelos Estados Unidos. Como parte dessa iniciativa, Pedro Albizu Campos ordenou que Lebrón organizasse ataques nos Estados Unidos, focando em locais que fossem "os mais estratégicos para o inimigo". Lebrón liderou um grupo de nacionalistas que atacou a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos em 1954.

Ela foi condenada, considerada culpada e encarcerada como resultado. Lebrón permaneceu preso por 25 anos, até 1979, quando Jimmy Carter emitiu comutações ao grupo envolvido no ataque. Após sua libertação em 1979, o grupo retornou a Porto Rico, onde os defensores da independência porto-riquenha os receberam calorosamente. Durante os anos seguintes, Lebrón continuou seu envolvimento em atividades pró-independência, incluindo o protesto contra a existência de uma base da Marinha dos Estados Unidos em Vieques. Sua vida seria posteriormente detalhada em livros e um documentário. Em 1º de agosto de 2010, Lebrón faleceu por complicações de uma infecção cardiorrespiratória.