Carmen Miranda, atriz e cantora luso-brasileira (n. 1909)

Carmen Miranda, (pronúncia portuguesa: [ˈkaɾmẽȷ̃ miˈɾɐ̃dɐ]; nascida Maria do Carmo Miranda da Cunha, 9 de fevereiro de 1909 - 5 de agosto de 1955) foi uma cantora de samba brasileira nascida em Portugal, dançarina, atriz da Broadway e estrela de cinema que atuou desde o final 1920 em diante. Apelidada de "The Brazilian Bombshell", Miranda era conhecida por sua roupa de chapéu de frutas que ela usava em seus filmes americanos. Ainda jovem, desenhou chapéus em uma butique antes de fazer suas primeiras gravações com o compositor Josué de Barros em 1929. A gravação de Miranda de "Taí (Pra Você Gostar de Mim)", de 1930, de Joubert de Carvalho, a catapultou para o estrelato em Brasil como o principal intérprete de samba.

Durante a década de 1930, Miranda se apresentou no rádio brasileiro e apareceu em cinco chanchadas brasileiras, filmes que celebram a música brasileira, dança e cultura carnavalesca do país. Olá, Olá Brasil! e Olá, Olá, Carnaval! incorporou o espírito desses primeiros filmes de Miranda. O musical Banana da Terra de 1939 (dirigido por Ruy Costa) deu ao mundo sua imagem "baiana", inspirada nos afro-brasileiros da Bahia. Em 1939, o produtor da Broadway Lee Shubert ofereceu a Miranda um contrato de oito semanas para se apresentar nas Ruas de Paris depois de vê-la no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, ela fez seu primeiro filme em Hollywood, Down Argentina Way com Don Ameche e Betty Grable e suas roupas exóticas e sotaque lusófono se tornaram sua marca registrada. Naquele ano, ela foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos; ela e seu grupo, Bando da Lua, foram convidados a cantar e dançar para o presidente Franklin D. Roosevelt. Em 1943, Miranda estrelou The Gang's All Here, de Busby Berkeley, que apresentava números musicais com os chapéus de frutas que se tornaram sua marca registrada. Em 1945, ela era a mulher mais bem paga nos Estados Unidos. Miranda fez quatorze filmes de Hollywood entre 1940 e 1953. Embora fosse aclamada como uma artista talentosa, sua popularidade diminuiu no final da Segunda Guerra Mundial. Miranda chegou a se ressentir da imagem estereotipada de "bomba brasileira" que ela havia cultivado e tentou se livrar dela com sucesso limitado. Ela se concentrou em aparições em boates e se tornou uma presença constante em programas de variedades na televisão. Apesar de estereotipadas, as performances de Miranda popularizaram a música brasileira e aumentaram o conhecimento do público sobre a cultura latina. Em 1941, ela foi a primeira estrela latino-americana a ser convidada a deixar sua mão e pegadas no pátio do Grauman's Chinese Theatre e foi a primeira sul-americana homenageada com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Miranda é considerado o precursor do movimento cultural Tropicalismo dos anos 1960 no Brasil. Um museu foi construído no Rio de Janeiro em sua homenagem e ela foi tema do documentário Carmen Miranda: Bananas is My Business (1995).