Alexander Selkirk é resgatado depois de naufragar em uma ilha deserta, inspirando o livro de aventuras de Daniel Defoe, Robinson Crusoe.

Alexander Selkirk (1676 - 13 de dezembro de 1721) foi um corsário escocês e oficial da Marinha Real que passou quatro anos e quatro meses como náufrago (1704-1709) depois de ser abandonado por seu capitão, inicialmente a seu pedido, em uma ilha desabitada no Oceano Pacífico do sul. Ele sobreviveu a essa provação, mas sucumbiu a uma doença tropical anos depois, enquanto servia a bordo do HMS Weymouth, na África Ocidental.

Selkirk era um jovem indisciplinado e se juntou a viagens de piratas ao Pacífico Sul durante a Guerra da Sucessão Espanhola. Uma dessas expedições foi em Cinque Ports, capitaneada por Thomas Stradling sob o comando geral de William Dampier. O navio de Stradling parou para reabastecer nas ilhas desabitadas de Juan Fernández, a oeste da América do Sul, e Selkirk julgou corretamente que a embarcação não estava em condições de navegar e pediu para ser deixada lá. As suspeitas de Selkirk logo foram justificadas, pois Cinque Ports naufragou perto da ilha de Malpelo, a 400 km (250 milhas) da costa do que hoje é a Colômbia.

Quando acabou sendo resgatado pelo corsário inglês Woodes Rogers, acompanhado por Dampier, Selkirk havia se tornado adepto da caça e do uso dos recursos que encontrou na ilha. Sua história de sobrevivência foi amplamente divulgada após seu retorno à Inglaterra, tornando-se uma das fontes de inspiração para o personagem fictício Robinson Crusoe, do escritor Daniel Defoe.