Misha Defonseca admite fabricar seu livro de memórias, Misha: A Mémoire of the Holocaust Years, no qual ela afirma ter vivido com uma matilha de lobos na floresta durante o Holocausto.
Misha: A Mmoire of the Holocaust Years é uma farsa literária de Misha Defonseca, publicada pela primeira vez em 1997. O livro foi publicado fraudulentamente como um livro de memórias contando a suposta história verdadeira de como a autora sobreviveu ao Holocausto como uma jovem judia, vagando pela Europa em busca de para seus pais deportados. O livro vendeu bem em vários países e foi transformado em um filme, Survivre avec les loups (Sobrevivendo com os lobos), em homenagem à alegação de que Misha foi adotada por uma matilha de lobos durante sua jornada que a protegeu.
No entanto, em 29 de fevereiro de 2008, Defonseca admitiu publicamente o que muitos já suspeitavam, que seu livro era falso. Seu nome verdadeiro era Monique de Wael; embora seus pais tenham sido levados pelos nazistas, eles não eram judeus, mas católicos romanos membros da resistência belga, e ela não saiu de casa durante a guerra, como afirma o livro. Em um comunicado divulgado por seus advogados ao jornal Le Soir de Bruxelas, de Wael tentou defender a farsa, alegando que a história de "Misha" "não é a realidade real, mas era minha realidade, minha maneira de sobreviver" e que havia momentos em que ela "achava difícil diferenciar entre o que era real e o que fazia parte da minha imaginação".
Misha Defonseca (nascida Monique de Wael) é uma imitadora nascida na Bélgica e autora de um livro de memórias fraudulento do Holocausto intitulado Misha: A Mémoire of the Holocaust Years, publicado pela primeira vez em 1997 e na época professado ser um verdadeiro livro de memórias. Tornou-se um sucesso instantâneo na Europa e foi traduzido para 18 idiomas. A versão francesa do livro foi um trabalho derivado baseado no original com o título Survivre avec les loups (Surviving with Wolves) que foi publicado em 1997 pelas Éditions Robert Laffont; esta segunda versão foi adaptada para o filme francês de mesmo nome.
Em 29 de fevereiro de 2008, a autora e seus advogados admitiram que o livro best-seller era fraudulento, apesar de ter sido apresentado como autobiográfico.
Em 2014, um tribunal dos EUA ordenou que Defonseca pagasse à editora americana Mt. Ivy Press US$ 22 milhões que ela havia recebido em uma ação judicial anterior contra a editora.