Marina Silva, ambientalista e política brasileira

Maria Osmarina da Silva Vaz de Lima (8 de fevereiro de 1958) é uma política e ambientalista brasileira. Ela é a fundadora e ex-porta-voz da Rede de Sustentabilidade (REDE). Durante sua carreira política, Silva atuou como senadora do estado do Acre entre 1995 e 2011 e ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008. Concorreu à presidência em 2010, 2014 e 2018.

Nascida em um seringal no Acre, Marina mudou-se ainda adolescente para Rio Branco, capital do estado, onde se alfabetizou. Após concluir o ensino médio, concluiu o curso de graduação em História pela Universidade Federal do Acre, aos 26 anos. Despertou interesse pela política e ingressou no Partido Comunista Revolucionário, organização marxista sediada no Partido dos Trabalhadores (PT), posteriormente ajudando a fundar a Central Única dos Trabalhadores do Acre. Ajudou Chico Mendes a liderar o movimento sindical, sendo eleita vereadora de Rio Branco em 1988 para seu primeiro mandato em um cargo público.

Silva foi petista até 2009 e foi senadora antes de se tornar ministra do Meio Ambiente em 2003. Concorreu à presidência nas eleições brasileiras de 2010 como candidata do Partido Verde (PV), ficando em 3º lugar com 19% da votação em primeiro turno. Em abril de 2014, Eduardo Campos anunciou sua candidatura para a eleição presidencial de 2014, nomeando Marina Silva como sua candidata a vice-presidente. Após a morte de Campos em um acidente de avião em agosto, ela foi selecionada para concorrer como candidata do Partido Socialista à Presidência. No primeiro turno das eleições de outubro de 2014, ela ganhou 21% dos votos (menos do que muitas das pesquisas de opinião previam), ficando em 3º e não conseguindo avançar para o segundo turno. No segundo turno, ela apoiou o candidato do PSDB Aécio Neves sobre a titular do PT Dilma Rousseff. Ela voltou a concorrer à presidência nas eleições de 2018, desta vez como indicada para a Rede de Sustentabilidade, e terminou em 8º lugar com 1% dos votos.

Silva ganhou vários prêmios de organizações norte-americanas e internacionais em reconhecimento ao seu ativismo ambiental. Em 1996, Silva ganhou o Prêmio Ambiental Goldman para a América do Sul e Central. Em 2007, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente a nomeou uma das Campeões da Terra e o Prêmio Sophie de 2009. Em dezembro de 2014, Marina Silva foi eleita pelo jornal britânico Financial Times como uma de suas Mulheres do Ano. Silva também é membro do think tank com sede em Washington, D.C., o Diálogo Interamericano. Em 2010, ela, juntamente com Cécile Duflot, Monica Frassoni, Elizabeth May e Renate Künast, foram nomeadas pela revista Foreign Policy para sua lista de principais pensadores globais, por levar o verde ao mainstream. Em 2012, ela foi uma das oito pessoas escolhidas para carregar a bandeira nas cerimônias de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.