A Constituição grega de 1822 é adotada pela Primeira Assembleia Nacional em Epidauro.
A Constituição grega de 1822 foi um documento adotado pela Primeira Assembleia Nacional de Epidauro em 1 de janeiro de 1822. Formalmente, era o Regime Provisório da Grécia (em grego: Προσωρινό Πολίτευμα της Ελλάδος), às vezes traduzido como Constituição Temporária da Grécia. Considerada a primeira constituição da Grécia Moderna, foi uma tentativa de conseguir uma organização governamental e militar temporária até o futuro estabelecimento de um parlamento nacional.
"Todos os habitantes indígenas do território grego que acreditam em Cristo são gregos."
Substituiu vários textos que haviam sido aprovados por comitês revolucionários locais, como a Organização do Senado da Grécia Ocidental, a Ordem Jurídica da Grécia Oriental e a Organização do Senado do Peloponeso. Esses comitês haviam se formado no ano anterior, que viu a eclosão da Guerra da Independência Grega. A Constituição foi principalmente obra do italiano Vincenzo Gallina e evitou deliberadamente os princípios liberais e democráticos das constituições revolucionárias francesas de 1793 e 1795, bem como a constituição de 1787 dos Estados Unidos da América. Isso foi feito para não alarmar a Santa Aliança. Pela mesma razão, não havia referência na Constituição ao Filiki Eteria.
No que diz respeito à formação de dois órgãos de administração, adotou-se um modelo multicentral com a composição de dois órgãos anuais (deliberativo e executivo) com atribuições pouco definidas e separadas. Esta declaração tomou a forma oficial de um texto constitucional; esta é a Constituição de Epidauro, a primeira constituição na história moderna da Grécia.
A constituição foi dividida em quatro partes e 109 artigos:
A Parte I tratou dos direitos religiosos e civis dos gregos e determinou a predominância da Igreja Ortodoxa Grega e regulamentou alguns direitos humanos importantes.
A parte II tratou de questões administrativas
A Parte III delineou os deveres do legislador
A parte IV delineou os deveres do executivoA constituição é considerada liberal e democrática, embora tenha representado um compromisso entre os líderes militares da Revolução e os latifundiários, que dominavam a Primeira Assembleia Nacional. A criação de um executivo e um legislativo mostra o desejo desses dois centros de poder de manter um equilíbrio político. A equivalência constitucional entre o legislativo e o executivo reflete a desconfiança entre os membros da Assembleia Nacional e resultou na paralisação do processo legislativo. Em todo caso, as necessidades e as dificuldades da revolução impediram a plena implementação da Constituição.