José Saramago, romancista português laureado com o Prémio Nobel (n. 1922)

José de Sousa Saramago, GColSE ComSE GColCa (português: [ʒuˈzɛ ðɨ ˈso(w).zɐ sɐɾɐˈmaɣu]; 16 de novembro de 1922 - 18 de junho de 2010), foi um escritor português e ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1998 por suas "parábolas sustentadas pela imaginação, compaixão e ironia [com as quais ele] continuamente nos permite mais uma vez apreender uma realidade ilusória." Suas obras, algumas das quais podem ser vistas como alegorias, comumente apresentam perspectivas subversivas sobre eventos históricos, enfatizando o fator humano teopoético. Em 2003 Harold Bloom descreveu Saramago como "o mais talentoso romancista vivo no mundo de hoje" e em 2010 disse que considera Saramago "uma parte permanente do cânone ocidental", enquanto James Wood elogia "o tom distinto de sua ficção porque ele narra os seus romances como se fosse alguém sábio e ignorante." Mais de dois milhões de exemplares dos livros de Saramago foram vendidos só em Portugal e a sua obra foi traduzida para 25 línguas. Proponente do comunismo libertário, Saramago criticou instituições como a Igreja Católica, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Ateu, defendia o amor como instrumento para melhorar a condição humana. Em 1992, o governo de Portugal sob o primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva ordenou a remoção de uma de suas obras, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, da lista final do Prêmio Aristeu, alegando que a obra era religiosamente ofensiva. Desanimado com essa censura política de sua obra, Saramago se exilou na ilha espanhola de Lanzarote, onde viveu ao lado de sua esposa espanhola Pilar del Río até sua morte em 2010. Saramago foi membro fundador da Frente Nacional de Defesa da Cultura em Lisboa em 1992, e cofundador com Orhan Pamuk, do Parlamento Europeu dos Escritores (EWP).