A Guatemala aprova o Decreto 900, ordenando a redistribuição de terras não cultivadas.
O Decreto 900 (espanhol: Decreto 900), também conhecido como Lei de Reforma Agrária, foi uma lei de reforma agrária da Guatemala aprovada em 17 de junho de 1952, durante a Revolução Guatemalteca. A lei foi apresentada pelo presidente Jacobo Árbenz Guzmán e aprovada pelo Congresso da Guatemala. Ele redistribuiu terras não utilizadas com mais de 224 acres (0,91 km2) de área para os camponeses locais, compensando os proprietários de terras com títulos do governo. As terras de no máximo 1.700 propriedades foram redistribuídas para cerca de 500.000 indivíduos – um sexto da população do país. O objetivo da legislação era mover a economia da Guatemala do pseudofeudalismo para o capitalismo. Embora em vigor por apenas dezoito meses, a lei teve um grande efeito sobre o movimento de reforma agrária guatemalteca. Grupos indígenas, privados de terra desde a conquista espanhola, foram os principais beneficiários do decreto. Além de aumentar a produção agrícola aumentando o cultivo da terra, a reforma é creditada por ajudar muitos guatemaltecos a encontrar dignidade e autonomia. A expropriação de terras levou grandes proprietários de terras – incluindo a United Fruit Company – a pressionar o governo dos Estados Unidos para intervir, interpretando o governo guatemalteco como comunista. O decreto 900 foi, portanto, um impulso direto para o golpe de estado de 1954, que depôs Árbenz e instigou décadas de guerra civil.