A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais recebe uma carta para a Nova Holanda.
A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (em holandês: Geoctrooieerde Westindische Compagnie, ou GWC; pronúncia holandesa: [ɣəʔɔktroːjeːrdə ʋɛstˈɪndisə kɔmpɑˈɲi]; em inglês: Chartered West India Company) foi uma empresa fretada de comerciantes holandeses, bem como investidores estrangeiros. Entre seus fundadores estavam Willem Usselincx (1567–1647) e Jessé de Forest (1576–1624). Em 3 de junho de 1621, foi concedida uma carta para um monopólio comercial nas Índias Ocidentais Holandesas pela República dos Sete Países Baixos Unidos e dada jurisdição sobre a participação holandesa no comércio de escravos do Atlântico, Brasil, Caribe e América do Norte.
A área onde a empresa poderia operar consistia na África Ocidental (entre o Trópico de Câncer e o Cabo da Boa Esperança) e nas Américas, que incluía o Oceano Pacífico e a parte oriental da Nova Guiné. O objetivo do afretamento era eliminar a concorrência, particularmente espanhola ou portuguesa, entre as várias feitorias estabelecidas pelos mercadores. A empresa tornou-se fundamental na efêmera colonização holandesa das Américas (incluindo a Nova Holanda) no século XVII.
De 1624 a 1654, no contexto da Guerra Holandesa-Portuguesa, o GWC ocupou território português no nordeste do Brasil, mas foi expulso do Brasil holandês após feroz resistência. Após várias reviravoltas, a GWC se reorganizou e uma nova carta foi concedida em 1675, em grande parte devido à força do comércio de escravos no Atlântico. Esta "nova" versão durou mais de um século, até depois da Quarta Guerra Anglo-Holandesa, durante a qual perdeu a maior parte de seus ativos.