Direitos de terra aborígenes são concedidos na Austrália em Mabo v Queensland (nº 2), um caso apresentado por Eddie Mabo.
Mabo v Queensland (nº 2) (vulgarmente conhecido como Mabo) é uma decisão do Supremo Tribunal da Austrália, decidida em 3 de junho de 1992. É um caso marcante, movido por Eddie Mabo contra o Estado de Queensland. O caso é notável por reconhecer os interesses de terra pré-coloniais dos australianos indígenas dentro da lei comum da Austrália. Antes de Mabo, os direitos de propriedade pré-coloniais dos australianos indígenas não eram reconhecidos na lei comum. Mabo é de grande importância legal, histórica e política para os australianos aborígenes e das ilhas do Estreito de Torres. Ele derrubou a doutrina da "terra nullius", que já havia sido aplicada pelos tribunais coloniais para rejeitar as reivindicações indígenas.
O primeiro-ministro Paul Keating elogiou a decisão, dizendo que "estabelece uma verdade fundamental e estabelece as bases para a justiça". Por outro lado, a decisão foi criticada por comentaristas conservadores. A doutrina do título nativo acabou sendo codificada em estatuto pelo Governo de Keating na Lei do Título Nativo de 1993. Este reconhecimento permitiu mais litígios por direitos de terras indígenas na Austrália.