Com a aprovação da Lei Áurea ("Lei Áurea"), o Império do Brasil aboliu a escravidão.
A Lei Áurea (pronúncia portuguesa: [ˈlej ˈawɾiɐ]; do português: Lei Áurea), adotada em 13 de maio de 1888, foi a lei que aboliu a escravidão no Brasil. Foi assinado por Isabel, Princesa Imperial do Brasil (1846-1921), opositora da escravidão, que atuou como regente do Imperador Pedro II, que estava na Europa. A Lei Áurea foi precedida pela Lei Rio Branco de 28 de setembro de 1871 ("Lei do Nascimento Livre"), que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos, e pela Lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida como "Lei dos Sexagenários"), de 28 de setembro de 1885, que libertou os escravos quando a idade de 60.
O texto da Lei Áurea era breve:
Arte. 1.º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Arte. 2.º: Revogam-se como disposições em contrário.
(Artigo 1: A partir da data desta lei, a escravidão é declarada extinta no Brasil.Artigo 2: Todas as disposições em contrário são revogadas.)
A concisão da lei pretendia deixar claro que não havia condições de qualquer espécie para a libertação de todos os escravos. No entanto, não fornecia nenhum suporte para os escravos libertos ou seus ex-proprietários ajustarem suas vidas ao seu novo status: os proprietários de escravos não recebiam nenhuma indenização do Estado, e os escravos não recebiam nenhum tipo de indenização dos proprietários ou assistência do Estado .
Antes da abolição da escravatura, os escravos eram proibidos de possuir bens ou receber educação; mas depois de serem libertados, os ex-escravos foram deixados para fazer seu próprio caminho no mundo. Sem educação ou representação política, os ex-escravos lutaram para ganhar status econômico e social na sociedade brasileira.
A Lei Áurea foi da autoria de Rodrigo A. da Silva, então Ministro da Agricultura (no Gabinete chefiado pelo Primeiro-Ministro João Alfredo Correia de Oliveira) e membro da Câmara dos Deputados, e, depois de passar pelas duas casas da Assembleia Nacional (Assembléia Geral), foi sancionada por Isabel, Princesa Imperial do Brasil (1846-1921), que era Regente na época, enquanto seu pai, o Imperador Dom Pedro II, estava na Europa.
A Lei Áurea foi assinada pela Princesa Imperial e referendada por Rodrigo A. da Silva, na qualidade de Ministro da Agricultura. A princesa Isabel (que era uma firme defensora do movimento abolicionista) foi agraciada com a "Rosa de Ouro" pelo Papa Leão XIII e o Ministro Rodrigo A. da Silva recebeu homenagens do Vaticano, França e Portugal. Em agosto de 1888, Rodrigo A. da Silva passou a ser eleito para um assento vitalício no Senado do Império.
Além das atividades dos abolicionistas, havia uma série de razões para a assinatura da lei: a escravidão não era mais lucrativa, pois os salários dos imigrantes europeus, cujas condições de trabalho eram precárias, custavam menos do que a manutenção dos escravos, e o declínio na chegada de novos escravos – o Brasil foi o último país do mundo ocidental a abolir a escravidão. A Lei Áurea teve outras consequências além da libertação de todos os escravos; sem escravos e sem trabalhadores, os fazendeiros (fazendeiros) tiveram que recrutar trabalhadores em outros lugares e assim organizaram, na década de 1890, a Sociedade Promotora de Imigração. Outro efeito foi um alvoroço entre os proprietários de escravos brasileiros e as classes altas, resultando na derrubada da monarquia e na instauração da república em 1889 – a Lei Áurea é muitas vezes considerada como a causa mais imediata (mas não a única) da queda do poder. monarquia no Brasil.