Mario Benedetti, jornalista, escritor e poeta uruguaio (n. 1920)
Mario Orlando Hardy Hamlet Brenno Benedetti Farrugia ( pronúncia espanhola: [maɾjo βeneˈðeti] (ouvir); 14 de setembro de 1920 - 17 de maio de 2009), foi um jornalista, romancista e poeta uruguaio e membro integrante da Generación del 45. Apesar de publicar mais mais de 80 livros e sendo publicado em vinte idiomas, ele não era muito conhecido no mundo de língua inglesa. No mundo de língua espanhola, ele é considerado um dos escritores mais importantes da América Latina da segunda metade do século XX. Benedetti nasceu em Paso de los Toros, no departamento de Tacuarembó, filho de Brenno Benedetti (enólogo farmacêutico e químico) e Matilde Farrugia (uma família de ascendência italiana). Dois anos depois, mudaram-se para Tacuarembó, capital da província, e logo depois, seu pai tentou comprar uma farmácia, mas foi enganado e faliu, então se mudaram e se estabeleceram em Montevidéu, capital do país, onde viviam em condições econômicas difíceis. Mario completou seis anos de escola primária na Deutsche Schule em Montevidéu, onde também aprendeu alemão, o que mais tarde lhe permitiu ser o primeiro tradutor de Kafka no Uruguai. Seu pai imediatamente o removeu da escola quando a ideologia nazista começou a aparecer na sala de aula. Durante dois anos estudou no Liceu Miranda, mas durante o resto do ensino médio não frequentou nenhuma instituição de ensino. Naqueles anos ele aprendeu a taquigrafia, que foi seu sustento por muito tempo. Aos 14 anos começou a trabalhar, primeiro como estenógrafo e depois como vendedor, funcionário público, contador, jornalista, radialista e tradutor. Formou-se jornalista com Carlos Quijano, no semanário Marcha. Entre 1938 e 1941 viveu em Buenos Aires, Argentina. Ele trabalhou em diferentes profissões em ambas as margens do rio da Prata, por exemplo, como estenógrafo. Em 1946 casou-se com Luz López Alegre.
Foi membro da 'Geração de 45', um movimento intelectual e literário uruguaio que incluía Carlos Maggi, Manuel Flores Mora, Ángel Rama, Emir Rodríguez Monegal, Idea Vilariño, Carlos Real de Azúa, José Pedro Díaz, Amanda Berenguer, Ida Vitale, Líber Falco, Juan Carlos Onetti, entre outros. Também escreveu para o famoso semanário uruguaio Marcha de 1945 até seu fechamento forçado pelo governo militar em 1973, e foi seu diretor literário desde 1954. Em 1957 viajou para a Europa e visitou nove países como correspondente da revista semanal Marcha e do jornal El Diario.