Concílio Vaticano II: O Papa João XXIII convoca o primeiro concílio ecumênico da Igreja Católica Romana em 92 anos.

O Segundo Concílio Ecumênico do Vaticano, comumente conhecido como Concílio Vaticano II, ou Vaticano II, foi o 21º concílio ecumênico da Igreja Católica Romana.

O concílio se reuniu na Basílica de São Pedro em Roma por quatro períodos (ou sessões), cada um com duração de 8 a 12 semanas, no outono de cada um dos quatro anos de 1962 a 1965. A preparação para o concílio levou três anos, a partir do verão de 1959 ao outono de 1962. O conselho foi aberto em 11 de outubro de 1962 por João XXIII (papa durante a preparação e a primeira sessão), e foi fechado em 8 de dezembro de 1965 por Paulo VI (papa durante as três últimas sessões, após a morte de João XXIII em 3 de junho de 1963).

O Papa João XXIII convocou o concílio porque sentiu que a Igreja precisava de uma “atualização” (em italiano: aggiornamento). Para se conectar com as pessoas do século 20 em um mundo cada vez mais secularizado, algumas das práticas da Igreja precisavam ser aprimoradas, e seus ensinamentos precisavam ser apresentados de uma maneira que parecesse relevante e compreensível para eles. Muitos participantes do Conselho simpatizaram com isso, enquanto outros viram pouca necessidade de mudança e resistiram aos esforços nesse sentido. Mas o apoio ao aggiornamento venceu a resistência à mudança e, como resultado, os dezesseis documentos magisteriais produzidos pelo Concílio propuseram desenvolvimentos significativos na doutrina e na prática: uma ampla reforma da liturgia, uma renovada teologia da Igreja, da revelação e da leigos, uma nova abordagem às relações entre a Igreja e o mundo, ao ecumenismo, às religiões não cristãs e à liberdade religiosa.

John W. O'Malley chamou este concílio de "o evento religioso mais importante do século XX".