Álvaro de Campos, poeta e engenheiro português (m. 1935)

Álvaro de Campos (pronúncia portuguesa: [ˈalvɐɾu ðɨ kɐ̃puʃ]; 15 de outubro de 1890 – 30 de novembro de 1935) foi um dos vários heterônimos do poeta Fernando Pessoa, amplamente conhecido por seu estilo de escrita poderoso e irado. Segundo o seu autor, este alter ego nasceu em Tavira, Portugal, estudou engenharia mecânica e finalmente formou-se em engenharia naval em Glasgow. Depois de uma viagem na Irlanda, Campos navegou para o Oriente e escreveu seu poema "Opiario" no Canal de Suez "a bordo". Trabalhou em 'Barrow-on-Furness' (sic) (sobre o qual Pessoa escreveu um poema) e Newcastle-on-Tyne (1922). Desempregado, Campos regressou a Lisboa em 1926 (escreveu então o poema "Lisboa Revisitada"), onde viveu desde então. Ele nasceu em outubro de 1890, mas Pessoa não pôs fim à vida de Campos, então ele teria sobrevivido ao seu autor que morreu em novembro de 1935. A obra de Campos pode ser dividida em três fases: a fase decadente, a fase futurista e a fase decadente (triste). Ele escolheu Whitman e Marinetti como mestres, mostrando algumas semelhanças com suas obras, principalmente na segunda fase: hinos como "Ode Triunfal", "Ode Marítima" e "Ultimatum" exaltam o poder da tecnologia em ascensão, a força das máquinas , o lado sombrio da civilização industrial e um amor enigmático pelas máquinas. A primeira fase (marcada pelo poema Opiário) partilhou um pouco do seu pessimismo com o amigo de Pessoa Mário de Sá-Carneiro, um dos seus colaboradores na revista Orpheu. Na última fase, Pessoa deixa cair a máscara, e revela através de Campos todo o vazio e nostalgia que cresceu durante os seus últimos anos de vida. Na sua última fase, Campos escreveu os poemas "Lisboa Revisitada" e a conhecida "Tabacaria".

"Eu sempre quero ser a coisa com a qual sinto afinidade...

Para sentir tudo em todos os sentidos,

Para manter todas as opiniões,

Ser sincero se contradizendo a cada minuto..."