Michael Zehaf-Bibeau ataca o Parlamento do Canadá em Ottawa, Ontário, Canadá, matando um soldado e ferindo outras três pessoas.
Os tiroteios de 2014 no Parliament Hill foram uma série de tiroteios que ocorreram em 22 de outubro de 2014, no Parliament Hill, em Ottawa. No Memorial Nacional de Guerra do Canadá, o cabo Nathan Cirillo, um soldado canadense e reservista em serviço cerimonial de sentinela, foi morto a tiros pelo terrorista islâmico Michael Zehaf-Bibeau. Zehaf-Bibeau então entrou no prédio do parlamento do Center Block, onde membros do Parlamento do Canadá estavam participando de caucus. Depois de lutar com um policial na entrada, Zehaf-Bibeau correu para dentro e teve um tiroteio com o pessoal de segurança do parlamento. Ele foi baleado 31 vezes por seis policiais e morreu no local. Após os tiroteios, o centro da cidade de Ottawa foi bloqueado e a maioria das escolas em Ottawa estavam bloqueadas enquanto a polícia procurava possíveis ameaças adicionais. O agressor, Michael Zehaf-Bibeau, era um criminoso habitual canadense de 32 anos e viciado em drogas de Montreal. Ele havia sido observado por conhecidos exibindo um comportamento errático. Na época do tiroteio, Zehaf-Bibeau planejava deixar o Canadá para o Oriente Médio e estava morando em um abrigo para sem-teto em Ottawa enquanto aguardava o processamento de seu pedido de passaporte canadense. De acordo com o comissário da RCMP, Bob Paulson, a "questão do passaporte era central para o que estava dirigindo" Zehaf-Bibeau. Zehaf-Bibeau fez um vídeo antes do ataque no qual expressou seu desejo de "matar alguns soldados" e seus motivos como relacionados " à política externa do Canadá e em relação às suas crenças religiosas." Para conhecidos e colegas de trabalho, ele já havia expressado apoio a jihadistas e outros no Oriente Médio que resistiam à intervenção do Ocidente, mas a polícia não sabia que era um risco de terrorismo. Na opinião de sua mãe, o ataque foi o "último ato desesperado" de alguém com transtorno mental que se sentiu preso. Organizações muçulmanas canadenses condenaram o ataque. Classificada pela RCMP como um ato terrorista de acordo com o Código Penal, foi a violação de segurança mais grave no Parliament Hill desde o atentado ao parlamento em 1966. Aconteceu dois dias depois que um homem usou seu carro para atropelar dois soldados em Saint-Jean-sur-Richelieu, Quebec, matando um. Os dois incidentes, que atraíram a atenção internacional, levantaram preocupações sobre a eficácia das ações policiais para prevenir ataques terroristas, a prevenção da radicalização e as medidas de segurança em vigor nas legislaturas federal e provincial.
O governo canadense já havia preparado um projeto de lei para ampliar os poderes de anonimato e vigilância do tribunal do Canadian Security Intelligence Service (CSIS), agência de inteligência do Canadá, que deveria ser apresentado no dia do tiroteio e foi adiado pelo evento. O governo introduziu novas medidas antiterrorismo com a Lei Antiterrorismo de 2015. A segurança no Parliament Hill deve ser reforçada. Em 3 de junho de 2015, foi relatado que "os oficiais da RCMP começaram a carregar abertamente metralhadoras no Parliament Hill como parte de um aumento visível da segurança".