Richard Rorty, filósofo e autor americano (m. 2007)
Richard McKay Rorty (4 de outubro de 1931 - 8 de junho de 2007) foi um filósofo americano. Educado na Universidade de Chicago e na Universidade de Yale, teve fortes interesses e formação tanto em história da filosofia quanto em filosofia analítica contemporânea, esta última veio a constituir o foco principal de seu trabalho na Universidade de Princeton na década de 1960. Ele posteriormente veio a rejeitar a tradição da filosofia segundo a qual o conhecimento envolve a representação correta (um "espelho da natureza") de um mundo cuja existência permanece totalmente independente dessa representação.
Rorty teve uma carreira acadêmica longa e diversificada, incluindo cargos como Stuart Professor of Philosophy na Princeton University, Kenan Professor of Humanities na University of Virginia e Professor de Literatura Comparada na Stanford University. Entre seus livros mais influentes estão Filosofia e o Espelho da Natureza (1979), Consequências do Pragmatismo (1982) e Contingência, Ironia e Solidariedade (1989).
Rorty viu a ideia de conhecimento como um "espelho da natureza" difundida por toda a história da filosofia ocidental. Contra essa abordagem, Rorty defendeu uma nova forma de pragmatismo americano (às vezes chamado de neopragmatismo) em que os métodos científicos e filosóficos formam apenas um conjunto de "vocabulários" contingentes que as pessoas abandonam ou adotam ao longo do tempo de acordo com convenções sociais e utilidade. Rorty acreditava que abandonar as explicações representacionais do conhecimento e da linguagem levaria a um estado de espírito que ele chamou de "ironismo", no qual as pessoas se tornariam completamente conscientes da contingência de sua colocação na história e de seu vocabulário filosófico. Rorty vinculou esse tipo de filosofia à noção de "esperança social"; ele acreditava que sem os relatos representacionistas e sem metáforas entre a mente e o mundo, a sociedade humana se comportaria mais pacificamente. Ele também enfatizou as razões pelas quais a interpretação da cultura como conversação (Bernstein 1971) constitui o conceito crucial de uma cultura "pós-filosófica" determinada a abandonar as explicações representacionais da epistemologia tradicional, incorporando o pragmatismo americano com o naturalismo metafísico.
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Richard Rorty
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